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Os quilombos eram comunidades
de negros, que fugindo da condição
de escravos, se instalavam em locais de difícil
acesso e representaram a principal forma de resistência
negra durante a escravidão .
Palmares foi a expressão maior dos quilombos
e tornou-se o símbolo de luta e esperança.
As fugas de escravos passaram a ser mais freqüentes
em diversas regiões, já que todos
queriam chegar a Palmares, que localizava-se no
atual estado de Alagoas, numa região de
difícil acesso, onde hoje é o município
de União
dos Palmares.
Veja aqui onde ficava Palmares:
O Quilombo dos Palmares durou cerca de um século,
de 1590 até 1694 e, nos seus quase 100
anos de existência, sempre viveu sob
a ameaça de violência, sendo as tentativas
de invasão constantes.
Na segunda metade do século XVII, as autoridades locais e os governos, Geral e da capitania de Pernambuco, aumentaram o número de expedições militares contra Palmares. Como não conseguiam pôr fim ao Quilombo, foram obrigados a negociar com os rebeldes.
Houve tentativas de acordo entre o governador da
capitania de Pernambuco
e o rei de Palmares, então
Ganga-Zumba. O
governador exigia a pacificação
através da baixa de defesas do Quilombo.
O acordo dividiu opiniões entre os quilombolas. Ganga-Zumba
admitia a necessidade do acordo, enquanto outro
líder negro, Zumbi,
defendia a continuidade da resistência negra
ao governo dos brancos. O governo, após
várias tentativas de aniquilamento do Quilombo,
acaba recorrendo ao experiente sertanista das
bandeiras,
Domingos
Jorge Velho, oferecendo-lhe armas,
mantimentos e ainda concedendo-lhe o direito a
terras e a dinheiro pelo resgate dos escravos
aos senhores. Assim, é empreendida a jornada
que resultou na Guerra
de Palmares, que destrói a
fortificação em 1695.
Até hoje, a morte de Zumbi é cercada
por uma lenda. O rei de Palmares teria se
atirado de um penhasco, juntamente com seus seguidores,
proferindo um último grito de liberdade.
Na verdade, Zumbi foi assassinado à traição, no ano de 1695, por um branco de sua confiança, sendo sua cabeça espetada em um pau e exposta ''no lugar mais público'' do Recife. O governador de Pernambuco na época, Caetano de Melo e Castro, desejava mostrar que o herói negro Zumbi não era imortal como pensavam os aquilombados. |